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domingo, 2 de janeiro de 2011

.... continua...

 "Eu não entendia. Como era possível isso? Eu sei que tinha visto a árvore brilhando, com aquele amarelo vivo, e depois laranja excitante. Tinha visto as letras mal feitas, tinha tocado na casca da árvore, e sentido os sulcos que as letras haviam produzido nela. O único modo de elas terem sumido era por magia, mas nem eu, que tanto me esforçava para nisso acreditar, de fato conseguia suportar isso. Era incomodo saber que, ou estava ficando louca, ou nada havia lá, que tinha sido tudo minha fantasia mais um sonho que eu transformei em realidade na minha mente. Espirei fundo, e dei uma volta pela árvore. Talvez as letras só aparecessem quando a árvore brilhasse, seja qual for a cor que estivesse brilhando.
Então eu decidi que esperaria até a árvore brilhar novamente. “Enquanto isso...” eu olhei para o céu para a paisagem de inverno. “... eu estarei desenhando essa paisagem.” Um sorriso se espalhou pelo meu rosto, desenhar sempre me relaxava, era melhor do que dormir.

Passaram-se horas, e nada da árvore dar um sinal de luz, literalmente falando.
“Mas o que eu queria? Que a árvore brilhasse?” eu pensei já com desdém. Estava morrendo de frio, meus lábios estavam brancos, e minhas bochechas rosadas, tudo pelo frio. Olhei para mais longe, onde estava minha casa, era uma caminhada pequena de uns 30 metros, mas no frio podia ser bem difícil chegar lá;respirei fundo. “melhor eu ir para casa, sei que mamãe não deve estar preocupada, na verdade nem deve ter percebido que sai, mas essa árvore não ta cooperando, então eu vou...” e sai correndo com todas as minhas forças para minha casa..."

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